
Darwin e a teoria da evolução: sobrevivem os mais adaptados
Artigo inspirado na teoria da evolução de Darwin. Nele trazemos exemplos de empresas líderes de mercado, mas também de empresas que foram gigantes e hoje são muito menores ou não existem mais.
12 de Fevereiro é o dia de Darwin, considerado o pai da teoria evolutiva moderna.
Em seu livro A Origem das Espécies (1859), definiu o processo evolutivo como "descendência com modificação guiada por seleção natural". Em outras palavras, é o ambiente que por seleção natural, determina a importância da característica do indivíduo ou de suas variações, e os organismos mais bem adaptados tem maiores chances de sobrevivência.
Podemos fazer uma analogia para os dias atuais e aplicar sua definição ao mercado em si, o que envolve todas as empresas que comercializam algum produto ou serviço. Por isso trazemos aqui alguns exemplos para todos os casos, as que faliram, as que não evoluíram e mudaram de rumo e também as que se reinventaram, reajustaram produtos e processos e continuam líderes de mercado.
1. Blockbuster: Esta foi a maior rede de locadoras de vídeos de filmes e videogames do mundo. A empresa foi vendida em 1994 para a Viacom pelo valor de US$8,4 bilhões. Em 2007, a rede operava em 26 países e contava com oito mil lojas e mais de 70 milhões de associados. Porém, a tecnologia e o meio digital impactaram diretamente o seu serviço, o crescimento de serviços de aluguel de filmes online como Netflix e o iTunes (da Apple) é um dos fatores apontados como causa dos prejuízos e da inevitável falência, decretada em 2014.
2. Kodak: uma empresa centenária marcada por diversas inovações e produtos de sucesso na área da fotografia, a empresa possuía porcentagens de participação no mercado fotográfico superiores a 50% no mundo todo. Em 1989, líderes da empresa impediram o lançamento da primeira câmera que comprimia imagens e usava cartão de memória pois este produto iria canibalizar com o seu maior business na época, a comercialização de filmes. Uma pioneira na fotografia que não evoluiu e foi morrendo aos poucos, decretando falência em 2012.
3. Vine: O app tem um dos maiores crescimentos no mundo. O encanto da rede social pelos vídeos de 6 segundos foi viral e inovador. Alcançando o ápice em 2014 e a sensação entre os jovens, diversas marcas estavam interessadas em gerar renda. Contudo, os jovens foram atraídos por novas propostas, como Instagram e Snapchat, e o aplicativo ficou cada vez com menos atrativos para oferecer. O Vine tinha 200 milhões de usuários ativos por mês, porém não conseguiu reagir aos interesses do mercado, deixando de existir no ano de 2016.
4. Blackberry: Do passado glorioso ao presente discreto, uma empresa já foi uma respeitada fabricante de smartphones e pioneira em vários aspectos da indústria, desejada por muitos pelo seu teclado QWERTY e a trackball. O maior impacto para a companhia foi a concorrência da Apple e Android, pois a empresa não evoluiu no quesito tecnológico e de segurança fazendo com que perdesse a confiança no consumidor. Após anos sem sair do vermelho, a BlackBerry anunciou em 2016 que abandonaria o mercado de smartphones.
5. Starbucks: Um caso diferente mas que vale a pena ser destacado, pela necessidade de uma visão de negócio, nesse caso dos fundadores. Em 2000 a empresa contava com 2.500 lojas, já em 2008 esse número estava em 16.000. Contudo, há uma pequena diferença, antes a empresa era rentável e agora não mais. Nesse momento, o fundador Howard Schultz retomou a posição de CEO e fechou todas as lojas Star Bucks temporariamente para rever processos e melhorar a qualidade do produto e do serviço prestado. A estratégia não só deu certo como conta atualmente com mais de 20 mil lojas espalhadas pelo mundo.
6. BMW: A empresa amargou 14 anos de prejuízo após o final da segunda guerra mundial. Os acionistas foram chamados para uma reunião afim de discutir a dissolução da empresa. A ideia de vender ou fazer uma fusão com a Daimler não foi aceita e eles resolveram investir na criação de carros para atingir um segmento novo, os sedãs de 4 portas. A estratégia deu certo, e hoje é uma das maiores marcas de automóveis do mundo.
7. LEGO: No final da década de 90, a empresa perdia dinheiro por cada produto vendido, ao invés de ganhar. Em 2004, muitos funcionários foram demitidos devido a crise. Nesse momento, a empresa se organizou, traçando um plano para apostar no licenciamento de marcas populares (por exemplo, Star Wars e Harry Potter) e com produtos que ultrapassavam o universo dos brinquedos, como filmes e jogos de video games. Hoje a empresa, está na liderança do segmento de brinquedo e conta com poderosos licenciamentos, tanto de terceiros (adidas, Star Wars e outros) quanto próprios.
Com esses cenários todos, concluímos que sobrevivem os mais adaptados.